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My name is...

Continente novo, vida nova... Antes de vir para cá, mais uma vez na minha vida, fiz uma daquelas tradicionais promessas: Vou aproveitar que estou quase começando do zero, e vou passar a ser mais organizado, disciplinado, pontual... Bullshit... Em dois meses já estou de novo com deadlines batendo na porta e eu empurrando as coisas com a barriga para dar tempo. Isso sem contar com a desorganização com datas e horários, que hj me parece ainda pior do que no Brasil (será q a desculpa do jetlag ainda cola???).

O que isso tem a ver com este blog? Tudo! Uma das minhas idéias era manter o blog atualizado, contando minhas histórias e experiências conforme iam acontecendo. Porém... foda-se... Já que rotina e organização não tem muito a ver com meu comportamento, vamos deixar q este blog siga o meu ritmo, e que se dane ordem cronológica, registros mais precisos e histórias bem contadas em duas línguas(q era minha idéia inicial).

Então, feito o desabafo (ou justificativa), deixa eu começar a contar meus 'causos'... Durante pouco mais de um mês, fiquei em Londres vagando entre três hostels nos arredores de Camden e Belsize (em breve, botarei um mapinha público no Google Maps para ilustrar melhor minhas histórias, mas esperem sentados pq vcs me conhecem). O primeiro lugar era um pub com pouco mais de meia dúzia de quartos, mas um lugar muito interessante, onde fiz várias amizades (e que vai merecer um post próprio mais adiante). Os outros eram lugares com mais cara de residência, mas bem menos personalidade. Então, entre roncos de companheiros de quarto, mochilas carregadas de um lado para o outro, e o q eu acredito serem pulgas ou algum outro inseto incomodativo (apenas em um quarto de um dos hostels no dia antes de ser dedetizado, aqueles q pretendem vir para cá não precisam se assustar), houveram diversos momentos muito agradáveis, que ajudaram a reafirmar minha confiança de que atravessar o Oceano foi uma boa idéia.

Quando eu estava no Brasil, costumava dizer que 'Rafael' era um 'nome de balaio' (tipo aquelas roupas que ficam nos balaios na frente das lojas e que todo mundo tem igual). Aqui na Europa talvez seja diferente, porém na minha primeira semana por aqui conheci um polonês com o mesmo nome (Na verdade, se escreve e pronuncia algo tipo 'Rafal'). Ainda assim, este povo insiste em não saber como pronunciar 'Rafael', seja por pronunciar o 'r' com a língua no céu da boca, ou pela incrível dificuldade de falar o hiato 'ae', mas ainda não conheci um europeu sequer que conseguisse falar o 'Rafael' de acordo com a nossa pronúncia no Brasil. Inclusive, o polonês, depois de uma semana aqui, já se apresentava para os outros pronunciando de maneira diferente o nome dele, para o pessoal entender. Mas, sou um pouco orgulhoso, e não mudaria a pronúncia do nome q meu pai e minha mãe me deram para agradar os gringos.

Por estes e outros motivos, que acho importante ressaltar que é sempre maravilhosa a oportunidade de rever amigos por aqui (Sílvia e Fabiana, beijos pr'ocês - Na foto, somos eu e a Fabi em frente àquele reloginho em Westminster). Depois de algum tempo longe 'das casa', não há nada como o prazer de ter por perto velhos amigos, falando tua língua, perguntando de tua vida, relembrando as histórias do passado e, principalmente, te chamando pelo nome: 'PASSA' :P!!!!


(Para aqueles que não sabem, 'Passa' é a forma reduzida de 'Passarel', apelido que eu carrego desde os tempos de 1º grau e que durante a faculdade se tornou bastante popular. E para os amigos, não se preocupem com o sarcasmo, eu não tenho nada contra de ser chamado de Passarel, Passa, Sissinha* ou qualquer outra adaptação ou distorção surgida com o tempo. *Sissinha é apelido "familiar", com direitos autorais reservados ao Lorenzo.)